Teste de resíduos de antibióticos no leite: veja a importância!

04-05-2022 09:12:25 Por: Somaticell

Teste de resíduos de antibióticos no leite: veja a importância!
A IN 77 estabeleceu padrões de qualidade que devem ser seguidos pelos profissionais da cadeia produtiva do leite. Entre eles, está o controle de drogas veterinárias no leite e a interferência que essas drogas podem ter na qualidade dos laticínios. Por isso, os resíduos antibióticos no leite são um dos grandes desafios enfrentados pelos profissionais da área nesse contexto. Encontra-se comumente esses resíduos entre sistemas intensivos de produção de leite e esse fator pode causar um grande impacto negativo para os produtores, pois os resíduos de antibióticos no leite acabam afetando sua qualidade, além de serem intensamente controlados pelas indústrias, quer pelo atendimento obrigatório da legislação brasileira, quanto pela necessidade do atendimento dos processos industriais.

Como utiliza-se muito dentro desses contextos, para ajudar a manter a sanidade dos rebanhos, os antibióticos acabam sendo uma parte fundamental para a manutenção da produtividade desses animais.

Contudo, é imprescindível manter um padrão de qualidade do leite. E para isso, é necessário aguardar o período para eliminação do antibiótico secretado no leite e fazer testes que garantam a ausência de resíduos de antimicrobianos.

Em que situações pode-se encontrar resíduos antibióticos no leite?

Os antibióticos são muito utilizados hoje na cadeia produtiva do leite para tratar doenças e infecções bacterianas em rebanhos bovinos, como por exemplo, em infecções como a mastite, que é tão comum nesse contexto. Eles são responsáveis por garantir a sanidade do rebanho. Mas também para aumentar a produtividade das vacas leiteiras.

Contudo, quando o leite apresenta resíduos desses antibióticos, isso afeta a qualidade do leite e a segurança para os consumidores desses produtos.

O leite que possui resíduos antibióticos pode ser prejudicial para a saúde, causar alergias (hipersensibilidade), e ainda aumentar a resistência dos microbianos às drogas veterinárias.

Utiliza-se muito os antibióticos no tratamento de doenças como a mastite bovina. Logo, se torna muito comum encontrar resíduos dessas drogas no leite dessas vacas, por alguns descuidos percebidos nesses processos.

Assim, é importante entender em que situações pode-se encontrar os resíduos de antibióticos no leite, para assim, tentar prevenir cada vez mais a ocorrência desse problema.

Situações onde se pode encontrar resíduos de antibióticos no leite:

• Falta de conformidade com o período de carência indicado nos tratamentos de mastite. O uso de antimicrobianos em tratamentos de mastite bovina é muito comum na cadeia de produção do leite. Portanto, encontram-se os resíduos de drogas veterinárias com grande frequência no leite, porque não se respeitam o período de carência das drogas;
• Descarte inadequado do leite. Quando identifica-se a manifestação da infecção por mastite apenas em um quarto, por exemplo, a aplicação da droga é feita nessa região, e descarta-se o leite desse quarto. Entretanto, o erro nessa situação é que é preciso descartar o leite dos outros quartos, pois podem conter resíduos antibióticos;
• Erro na identificação dos animais tratados, ou falta de registro dos dados relevantes. Isso pode ser considerado como uma negligência no processo de tratamento, o que pode fazer com que os resíduos de antibióticos no leite passem despercebidos pelos profissionais;
• Utilizar dosagens erradas dos medicamentos nos animais. Esse fator pode acarretar no aparecimento de resíduos no leite por causa das drogas administradas;
• Realizar tratamentos inadequados, como por exemplo, quando a vaca está no período de lactação e o tratamento administrado é o da vaca seca;
• Ordenha em vacas secas ou das vacas que estão sendo tratadas com antimicrobianos;
• Mistura acidental nos momentos da ordenha, das vacas sem tratamento e das vacas que estão sendo tratadas com antimicrobianos.

Como evitar a contaminação do leite por resíduos antibióticos?

Apesar de ser um grande desafio para os produtores, é possível prevenir essas situações com a adoção de boas práticas agropecuárias e cuidado no manejo e tratamento dos rebanhos.

Vamos conferir algumas formas de evitar índices maiores de resíduos antibióticos no leite:

• A primeira forma de evitar a presença de resíduos antibióticos no leite é através da criação de programas de controle de mastite bovina. Esse cuidado é essencial, pois a mastite é uma das doenças mais comuns em rebanhos;
• Respeitar totalmente as fases de carência dos antibióticos, seguindo à risca as orientações de cada droga veterinária também é indispensável para evitar resíduos;
• A separação de vacas sendo tratadas das vacas que estão saudáveis no momento da ordenha é fundamental para não ocorrer erros de identificação dos animais;
• Seguir os tratamentos de acordo com a orientação da bula das drogas veterinárias e evitar tratamentos não recomendados;
• Capacitar os ordenhadores sobre o manejo correto dos medicamentos nas vacas leiteiras;
• Analisar o leite para garantir a conformidade do leite com a legislação brasileira

Em todas essas situações é possível encontrar resíduos antibióticos no leite, que podem afetar a segurança e a qualidade dos laticínios.

O que são os resíduos de antibióticos e qual é a importância de fazer a análise deles no leite?

Além de todas as boas práticas adotadas para prevenir a contaminação do leite por resíduos antibióticos, é essencial também que os profissionais da área façam a testagem de resíduos antibióticos no leite para aumentar ainda mais a segurança e a qualidade da matéria-prima.

Mas o que é o teste de resíduos antibióticos? Os testes de resíduos antibióticos são métodos de controle utilizados para identificar a presença de resíduos ou não no leite. Além disso, são ferramentas essenciais nesse processo de garantia da qualidade do leite.

Os testes feitos no leite para checar se há alterações, têm orientação pela IN 77, a normativa que estabelece os padrões de qualidade exigidos em todas as etapas da cadeia produtiva do leite, desde a produção, aos programas de autocontrole e sanidade dos rebanhos, até o manejo das instalações, os métodos adequados de armazenamento e transporte e a recepção e a análise laboratorial do leite.

Os limites máximos de resíduos (LMR) de antibióticos no leite são determinados pela legislação específica e de modo geral seguem os limites estabelecidos pelo Codex Alimentarius, órgão da FAO-WHO (Organização de Alimentos e Agricultura e Organização Mundial da Saúde).

Através de procedimentos de triagem como a coleta de amostras individuais, que a IN 77 indica, os testes de resíduos antibióticos se tornam um fator crucial nesse processo, e para estabelecer os melhores métodos, é importante criar um plano de trabalho para identificar e aplicar esses métodos de maneira eficiente e satisfatória.

Por que criar um plano de trabalho para identificar testes eficientes de resíduos antibióticos no leite?

Os testes que utiliza-se para identificação de resíduos antibióticos no leite devem seguir as orientações da legislação que o país utiliza, que no caso, são as determinações do Codex Alimentarius, da FAO (Food and Agriculture Organization) e da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Nelas estabelecem um limite máximo de resíduos (LMR) de medicamentos que pode estar presente nos alimentos.

Esse limite representa-se por ppb (partes por bilhão) ou ppm (partes por milhão). E as determinações são importantes para que os alimentos tenham um limite máximo de resíduos que não seja prejudicial à saúde do consumidor durante toda a vida.

Assim, utilizar os kits de teste de resíduos de antibióticos no leite que seguem essas determinações é indispensável duas condições básicas:

• Os testes de análises de resíduos de antibióticos necessitam identificar estes resíduos abaixo, ou no limite da legislação brasileira;
• Os testes devem ter os seus limites de detecção o mais próximo possível dos valores estabelecidos, para que não haja desperdícios desnecessários de leite.

Sempre é necessário se levar em conta a adequação destes testes à legislação brasileira principalmente porque a maioria dessas referências são de outros países onde o contexto em que trabalham é totalmente diferente do que encontramos no Brasil. Como exemplo damos a legislação americana, na qual os resíduos de Sulfonamidas (Sulfas) e Fluorquinolonas (Quinolonas) não são tolerados, uma vez que estas drogas têm a proibição de uso nos Estados Unidos, ou seja qualquer presença destes resíduos resulta em descarte o leite, enquanto no Brasil estas drogas são permitidas e consequentemente têm limites máximos estabelecidos. 

Além disso, como a IN 77 não estabelece o método a seguir e determinam apenas que os métodos devem atender à legislação brasileira é fundamental que seja feita a escolha por um método que atenda a legislação brasileira, garantindo a qualidade do leite recebido, porém que não tenha a hipersensibilidade que resulta no descarte desnecessário do leite.

Por isso, antes de definir os kits de testes que mais se adequam, é importante criar um plano de trabalho. Isto é, que baseia-se em estabelecimento da população, mapeamento e análise de riscos, para assim, encontrar os métodos mais efetivos e adequados nesse contexto específico.

Tipos de teste

Pode-se dividir os principais tipos de testes disponíveis no mercado em testes rápidos ou testes de triagem, que trazem resultados apenas qualitativos (positivo ou negativo), que não são capazes de identificar a classe dos antimicrobianos presentes e os testes confirmatórios, que envolvem um processo mais demorado.

No caso da mastite bovina, que é uma das principais causas do uso de antibióticos em rebanhos, os testes de triagem mais utilizados visam identificar os beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas), por serem os antibióticos mais comuns no tratamento desse tipo de doença.

Outros tipos de drogas veterinárias também utilizadas são:

• tetraciclinas (oxitetraciclina e clortetraciclinas);
• aminoglicosídeos (estreptomicina, neomicina, gentamicina);
• macrolídeos (eritromicina, espiramicina, tilosina);
• sulfonamidas (sulfametazina, sulfadiazina);
• quinolonas (enrofloxacina, ciprofloxacina, danofloxacina, marbofloxacina).

Entretanto, os testes rápidos comumente colocam em perspectiva a questão dos falso-negativos, falsos violativos e dos falso-positivos, que acabam sendo um desafio para os profissionais da área, uma vez que resultados nesse sentido podem levar a um julgamento inadequado da amostra analisada, vamos à interpretação de cada um destes casos:

Falso negativo: O leite analisado têm resíduos de antibióticos acima dos níveis máximos da legislação, porém o método utilizado não tem a capacidade de detectar estes resíduos e liberam o leite como apto para o consumo, neste caso temos os riscos do consumo de um produto inapto para o consumo e também causarão problemas no processamento deste leite ocasionando perdas industriais.
Falso positivo: O leite não contém resíduos de antimicrobianos, porém o teste aponta o resultado como positivo, como se houvessem resíduos de antimicrobianos. Este tipo de método resulta no descarte desnecessário do leite analisado, ocasionando perdas desnecessárias para o produtor de leite e perdas para toda a cadeia.
Falsos violativos: Este conceito foi criado pelo FDA (Food and Drug Administration) do Estados Unidos para identificar uma categoria específica de testes, aqueles que identificam a presença de resíduos de antibióticos no leite, que estão presentes na amostra, porém estão abaixo dos limites máximos da legislação, sendo que nestes casos o leite também poderia ser considerado apto para consumo, para estes casos o FDA desenvolveu um método de confirmação, para minimizar o descarte desnecessário de leite.

Desse modo, quando a empresa cria um plano de trabalho adequado para a realidade de cada um dos grupos, a identificação do teste ideal se torna mais fácil e a incidência de resultados falso-negativos, falso-positivos e falsos violativos diminuem bastante, resultando em resultados mais seguros e com menos desperdícios para produtores e indústrias.

Melhor adequação de testes de identificação de resíduos antibióticos no leite

Os kits de teste de resíduos antibióticos no leite da Bioeasy, comercializados pela Somaticell no Brasil, consideram esses aspectos citados anteriormente.

Além disso, a Somaticell entende a necessidade da criação de um plano de trabalho no sentido de atender ao público alvo ao qual é preciso aplicar o teste, encontrar as melhores soluções e fazer uma melhor aplicação dos testes para trazer resultados satisfatórios, com mais segurança e menores custos.

Outros aspectos, como a fundamentação científica, também são importantes para garantir os melhores resultados na testagem. E estão presentes nos serviços da empresa. Pois, os testes estão de acordo com a legislação determinada pelo Codex Alimentarius para atuar no Brasil.

Os testes da Somaticell possuem garantias de não apresentarem resultados falso-positivos ou falso-negativos e agirem dentro do limite máximo de resíduos (LMR), minimizando também a ocorrência dos resultados falsos violativos, Para a análise dos antibióticos mais utilizados para o tratamento da mastite existe a solução do kit 2 em 1, Bete+Cefalexina+Tetraciclinas com o controle de 100% dos princípios ativos destas famílias de antibióticos (beta-lactâmicos e tetraciclinas).

Desse modo, os testes específicos, produzidos utilizando a metodologia de imunocromatografia (anticorpo específico ligado a um receptor colorido) identificam todos os princípios ativos presentes para rastrear se há resíduos antibióticos, de quais famílias, evitando descartes e aumentando a segurança dos laticínios.

As soluções da Somaticell são completas e eficientes, prezando pela maior qualidade dos produtos e a maior segurança para os consumidores.

Colunista

Somaticell

Soluções para controle de qualidade de leite e alimentos.