Custo de produção acumula alta de 4,32% no 1º quadrimestre de 2022
25-05-2022 13:08:52 Por: Caio Monteiro, Boletim do Leite Cepea. Foto: Alcides Okubo Filho, Embrapa
Durante o mês de abril, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 0,24% na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). O aumento foi inferior aos registrados em março/22 (1,64%) e em abril/21 (0,48%). No acumulado de 2022 (janeiro – abril), o COE subiu 4,32%, bem menos que no mesmo período de 2021 (8,01%). A menor valorização dos concentrados nos primeiros quatro meses deste ano limitou a alta dos custos no período. Para o concentrado, especificamente, os custos recuaram 0,66% em abril na “Média Brasil”, entretanto os custos com alimentação continuam em patamar elevado.
Os insumos que mais influenciaram o aumento dos custos de produção no último mês foram os combustíveis, cujos preços subiram 5,78%, devido à conjuntura internacional e às altas das cotações do petróleo. A valorização do diesel acarretou aumento nos custos das operações mecânicas nas propriedades leiteiras, cujos desembolsos saltaram 4,40% no último mês. Os medicamentos também ficaram mais caros, 4,62% – segundo colaboradores do Cepea, essa valorização refletiu a elevação dos custos de produção e distribuição dos laboratórios veterinários.
A redução de 0,66% nas cotações dos concentrados resultou da desvalorização dos grãos em abril, devido às colheitas de soja e da safra de verão de milho e às expectativas positivas para a produção da segunda safra. Dentre os estados acompanhados pelo Cepea, as quedas mais significativas dos preços do concentrado foram registradas em São Paulo (2,44%), Minas Gerais (1,15%) e Goiás (0,80%). Os estados da região Sul apresentaram estabilidade nas cotações em abril. Apesar do recuo pontual no último mês, os custos com suplementação energética dos rebanhos permaneceram em patamares elevados, pressionando as margens da atividade.
As informações são do Boletim do Leite Cepea.