Após quase três anos de alta, COE da pecuária leiteira registra leve queda
24-06-2022 09:55:34 Por: Caio Monteiro, Boletim do Leite Cepea. Foto: Marcos La Falce/Embrapa
Depois de quase três anos registrando avanço mensal consecutivo, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira apresentou pequena queda de 0,07% em maio, na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). A última vez que o COE havia caído foi em agosto de 2019 (com retração de 0,5%).
No acumulado de 2022 (de janeiro a maio), o COE subiu 4,25%, ritmo inferior ao observado no mesmo período de 2021, quando o aumento nos cinco primeiros meses já atingia os 11%. A desaceleração em maio esteve atrelada à retração nos desembolsos com os concentrados, de 0,81%, considerando-se a “Média Brasil”.
A baixa nos preços dos concentrados, por sua vez, é resultado da desvalorização do milho em maio, devido ao otimismo em relação à produção na segunda safra brasileira, que pode ser recorde. Dentre os estados acompanhados pelo Cepea, as quedas mais significativas nas cotações dos concentrados foram registradas no Paraná (2,52%) e em Minas Gerais (0,47%). Ressalta-se que, embora os custos da suplementação energética tenham recuado nos últimos meses, os desembolsos com alimentação ainda estão bastante elevados, o que mantém pressionando as margens da atividade.
Já dentre os insumos que apresentaram valorizações em maio – e que, portanto, limitaram a baixa no COE no mês –, destacam-se os combustíveis. A valorização do diesel resultou em elevação de 1,8% dos custos com as operações mecânicas de manutenção nas propriedades leiteiras. Os gastos com suplementação mineral também subiram, 2,98% em maio, influenciados pelo encarecimento na logística de distribuição do produto.
As informações são do Boletim do Leite Cepea.