Preço do leite pago ao produtor em MT subiu 15,44%
02-08-2022 10:56:00 Por: IMEA. Foto: Freeimages
Confirmando as expectativas de aumento nos custos de produção de leite, os dados do 2º tri.22, exibiram alta de 15,55% no custo operacional total (COT) ante o mesmo período de 2021. Esse movimento de valorização esteve atrelado ao maior dispêndio com o custo operacional efetivo (COE), que apresentou um avanço de 22,43%. Assim, as maiores altas foram registradas nas categorias de suplementação mineral e concentrados, incremento de 59,88% e 35,88%, respectivamente.
No entanto, a alta nos custos foi menos expressivo em relação ao trimestre anterior, no qual registrou elevação de 3,18% no COT e de 3,88% no COE. A desaceleração nas cotações do milho e farelo de soja entre o 1º tri.22 e o 2º tri.22, ocasionada pela grande disponibilidade dos insumos no mercado em função da colheita realizada no primeiro trimestre, acarretou na redução de 6,19% e 11,51% nos preços em MT e impactou nos resultados dentro da porteira.
Alta: devido ao avanço da entressafra e custos elevados, o preço pago ao produtor subiu 15,44% ante a mai.22 e fechou a média em R$ 2,81/l em MT.
Elevação: com menor oferta de leite no mercado doméstico, houve aumento de 34,45% nas importações de lácteos em relação a mai.22 e somaram US$ 48.508,42 em jun.22.
Queda: diante do menor volume de lácteos no mercado interno, as exportações de derivados reduziram 39,50% de mai.22 para jun.22 e totalizaram US$ 5.432,31.
Segundo as estimativas do USDA, a oferta mundial de leite pode recuar 0,05% de 2021 para 2022 e totalizar 545,18 mil toneladas.
A União Europeia, sendo o principal produtor de leite, puxou a queda global com redução de 1,92% ante a 2021 e, assim, a média ficou em 142,25 mil t. Na sequência, os Estados Unidos também apresentaram movimento de retração no volume, com recuo de 0,14% no comparativo anual e média de 102,49 mil t. O cenário econômico de alta na inflação e nos custos produtivos refletiu na menor oferta de leite prevista para o fechamento de 2022.
Em contrapartida, outros países mantiveram perspectiva de alta na produção de leite, como a Índia e a China, com aumento de 2,08% e de 4,53%, na mesma ordem. No cenário brasileiro, a estimativa para 2022 foi de 1,01% acima ao verificado em 2021 e pode totalizar 25,09 mil t. Essa leve alta na previsão sugere que a oferta de leite pode alavancar com o início do período de águas a partir de setembro.
As informações são do IMEA.