Farelo de soja: Maior oferta da Argentina pressiona cotações no Brasil
22-09-2022 09:05:46 Por: Débora Kelen Pereira da Silva, Boletim do Leite Cepea
Os preços do farelo de soja caíram no mercado brasileiro na primeira quinzena de setembro. A pressão se deve à menor demanda, especialmente para exportação. A queda das cotações foi acentuada pela maior disponibilidade do farelo de soja da Argentina, principal exportadora global de derivados de soja. No dia 5 de setembro, o governo argentino anunciou incentivos aos produtores, como a maior taxa de câmbio oficial, para que eles escoem parte do produto que está em estoque. Este incentivo, entretanto, deve se encerrar no final deste mês.
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o preço do farelo de soja caiu 1% entre as médias de agosto e da parcial de setembro. Apesar disso, em Campinas (SP), os valores registraram leve aumento de 0,4%, influenciados pela demanda regional.
De acordo com a Secex, as exportações do farelo de soja diminuíram 6,5% entre julho e agosto, totalizando 1,84 milhão de toneladas no último mês. Na parcial do ano (de janeiro a agosto), os embarques somaram 14,11 milhões de t, 21,77% acima do registrado nos oito primeiros meses de 2021 e um recorde para o período.
Conforme o relatório do USDA divulgado no dia 12, dos 39,13 milhões de t de farelo de soja a serem produzidas no Brasil em 2022/23, 20,15 milhões de toneladas devem ser consumidas internamente, 2,5% acima dos 19,65 milhões de toneladas estimados na safra 2021/22. Já as exportações são previstas em 18,8 milhões de t, 3% abaixo dos 19,4 milhões de t da safra 2021/22.
As informações são do Cepea.