Queda de 4,07% no preço do leite pago ao produtor em MT

08-11-2022 11:03:57 Por: IMEA. Foto: Pixabay

Queda de 4,07% no preço do leite pago ao produtor em MT
A média nacional do consumo aparente per capita de lácteos recuou 1,76% de 2021 para 2020 e registrou 169,66 litros por habitante em 2021. Através do cálculo da produção total de leite no país, somado ao volume importado e subtraído da quantidade exportada, além da estimativa da população, é possível estimar o consumo médio per capita.

Sendo assim, o aumento das exportações de lácteos em 46,40% em 2021, ante a 2020, somado ao recuo das importações em 24,05% no mesmo comparativo, resultou em queda do consumo desses produtos no Brasil. Para 2022, o cenário é o inverso. A captação de leite nacional sinalizou queda de 8,81% no 1º sem.22 frente ao mesmo período de 2021, já as importações de lácteos acumularam alta de 8,31% de jan.22 a set.22 e recuo de 10,65% nos envios internacionais para o mesmo período, assim o volume de lácteos disponível no mercado interno pode ser maior ao observado em 2021.

Recuo: após valor recorde no preço do leite pago ao produtor em MT, o preço da matéria-prima apresentou queda de 4,07% entre set.22 e ago.22 e ficou cotado a R$ 2,88/litro.

Avanço: com a alta no preço do milho em set.22, a relação de troca leite/milho cresceu 7,57% ante o mês anterior e, assim, foram necessários na média 21,68 litros/sc.
 
Aumento: com o intuito de liberarem os estoques das indústrias, as exportações de lácteos aumentaram 27,69% ante a set.22 e totalizaram US$ 6,01 milhões em out.22.

No 3º tri.22, o Custo Operacional Total (COT) da produção leiteira em MT registrou queda de 6,43% ante o 2ºtri.22, com média de R$ 1,61/litro.

Os dispêndios com suplementação e pastagem para alimentação do rebanho foram os principais fatores que impactaram na redução dos custos, visto que, juntos, representaram 34,06% do COT, e apresentaram queda de 5,61% no período, totalizando R$ 0,55/litro no 3º tri.22. Os custos em 2022 estão mais elevados que os registrados em 2021, em função da alta nos preços das commodities utilizadas na formulação das rações.

Contudo, com a retomada econômica no âmbito global, os preços dos insumos para produção de pastagem e dos concentrados para formulação da ração animal recuaram 7,72% e 8,66% entre o 2º tri.22 e 3º tri.22, respectivamente, o que impactou diretamente no resultado obtido. No entanto, a atividade ainda apresenta patamares elevados de custos, sendo um ponto de atenção aos pecuaristas leiteiros conforme sua gestão na atividade. 

As informações são do IMEA.