Milho: Liquidez interna é baixa, mas exportações seguem elevadas

Apesar do ritmo de negociações ter sido mais calmo na primeira quinzena de janeiro se comparado ao dos meses anteriores, as exportações do cereal seguiram elevadas no período. Nem mesmo as recentes desvalorizações externas do milho, a depreciação do dólar e a consequente redução na paridade de exportação limitaram os envios ao mercado internacional na primeira metade do mês.

Conforme a Secex, nos primeiros dez dias úteis de janeiro, foram embarcadas 2,94 milhões de toneladas de milho, contra 2,73 milhões de toneladas em todo o mês de janeiro/22. Caso o ritmo atual se mantenha, o Brasil pode exportar o total de 6,19 milhões de toneladas neste mês. Para a Anec (Associação Nacional de Exportadores de Grãos), por sua vez, as exportações em janeiro devem somar 5 milhões de toneladas.

Quantos aos preços do cereal nos portos, entre 29 de dezembro e 16 de janeiro, as cotações no mercado spot do porto de Santos (SP) recuaram 0,9%, enquanto no do porto de Paranaguá (PR), avançaram 0,5%. O dólar se desvalorizou 2,4% no período, cotado a R$ 5,151 no dia 16.

Já no mercado interno, os preços avançaram no acumulado da quinzena (até o dia 16). O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP) subiu 0,4%, a R$ 86,39/sc de 60 kg no dia 16. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações tiveram alta de 1,1% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e de 1,8% no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor).

As informações são do Boletim do Leite Cepea.