Produção mundial de leite em pó podem atingir 4,59 milhões de toneladas em 2023
07-02-2023 13:47:28 Por: IMEA. Foto: istock
As estimativas do USDA para a produção mundial de leite em pó, principal lácteo comercializado no mercado externo, podem atingir 4,59 milhões de t em 2023, alta de 2,89% ante a 2022. A expectativa é de que a China e a Nova Zelândia impulsionem esse resultado e elevem suas produções em 7,14% e 3,03%, respectivamente.
Além disso, a China tende a ampliar o consumo de lácteos no país e totalizar 1,80 milhão de t, cenário que reflete a mudança dos hábitos alimentares dos chineses, que passaram a aumentar a procura por derivados do leite. Assim, a demanda mundial de lácteos pode chegar a 950 mil t em 2023.
Tendo em vista o avanço da produção de leite em pó acima do consumo mundial, estima-se que o estoque final de lácteos no mundo apresente alta de 9,46% em 2023 e totalize 463 mil t. Vale ressaltar que, esse cenário pode alterar-se no decorrer de 2023, devido a fatores exógenos, como alterações climáticas, sanitárias e inflacionárias.
Aumento: com o avanço do período de chuvas, houve aumento da oferta de leite no campo e, assim, o ICAP-L em MT apresentou alta de 6,41% em dez.22 ante a nov.22.
Baixa: a balança comercial de lácteos no Brasil caiu 10,21% em dez.22 ante a nov.22 e registrou déficit de US$ 66,02 milhões, cenário pautado pela queda nas importações.
Sobe: com queda no preço do leite, somado à elevação da cotação das commodities, a relação de troca leite/farelo de soja subiu 6,10% em dez.22 ante a nov.22 e fechou em 1,13 mil l/t.
O ano de 2022 foi pautado por grandes desafios para o pecuarista leiteiro em Mato Grosso.
Esse cenário esteve atrelado à diminuição nos níveis de captação e aumento dos custos dentro da porteira, devido à valorização da ração concentrada, suplementação mineral e inflação. Contudo, houve sinais de melhora nos custos da atividade para o fechamento do 4º tri.22. Assim, foi observado recuo de 2,50% no Custo Operacional Total (COT) ante o 3º tri.22, redução de 4 centavos no valor final, que fechou a média em R$ 1,77 o litro.
Essa retração no COT esteve atrelada à queda nos preços da suplementação mineral e dos concentrados, visto que nesse período do ano os produtores utilizam as pastagens como principal fonte alimentar do rebanho. Além disso, houve redução nos preços dos animais de reposição, o que também impactou no recuo do custo para o final de 2022. No entanto, no comparativo anual, o COT aumentou 16,67% ante a 2021 e fechou a média em R$ 1,75 por litro de leite produzido.
As informações são do IMEA.