Custo de produção de leite tem leve queda em fevereiro
10-03-2023 13:48:03 Por: CILeite. Foto: Pixabay
Após uma expressiva elevação no custo de produção de leite em janeiro, o mês de fevereiro fechou em ligeira queda de -0,2%. Mas, em 2023 a inflação de custos acumulada nos dois primeiros meses do ano está em 1,0%, enquanto a variação anual de custos de produção de leite registrou uma deflação de -1,2%.
Volumosos (alimentação verde) e Minerais puxaram o custo para baixo - O custo do grupo Volumosos foi fundamental para a queda do custo de produção de leite em fevereiro, dada a sua importância na formação de custos da atividade e, também, pela intensidade com que ocorreu. Em fevereiro, este grupo teve retração de custos de -2,4%. O preço dos fertilizantes foi o principal fator. Outro grupo de custos que registrou deflação foi a aquisição de Minerais, que teve variação de custos de -2,6%.
Num outro extremo, apresentando comportamento altista, o grupo que se destacou foi o de Qualidade do leite, com elevação de 3,1% nos preços em apenas um mês. O grupo Concentrado registrou alta de 0,6%, puxado por ração para vaca, farelo de algodão e polpa cítrica. A queda no preço do farelo de trigo não foi suficiente para reverter este movimento de alta. O grupo Sanidade e reprodução e o grupo Energia e combustível registraram leve crescimento de custos, da ordem de 0,3% e 0,2%, respectivamente. O custo do grupo Mão de obra não apresentou variação em fevereiro.
O custo de produção de leite se mantém elevado no acumulado do bimestre, com majoração de 1%. Apesar do custo do grupo Volumoso e Minerais terem acumulado quedas significativas de 1,9% e 2,0%, a elevação do custo do grupo Mão de obra foi muito significativa (6,1%), juntamente com o grupo Qualidade do leite (8,5%). Outros três grupos que compõem o custo de produção de leite acumulam altas, mas de menor expressão.
Na comparação de custos em doze meses, a variação foi de -0,2%, com dois grupos registrando variações fortes e em sentido contrário. O grupo Energia e combustível teve queda expressiva, de -13,8%, seguido por dois grupos que compõem a alimentação do rebanho, representada por Volumosos (-11,4%) e Concentrado (-5,1%). A desoneração de tarifas no segmento energético, a queda do preço do petróleo no mercado internacional e a retração de preços em milho e soja estão na origem deste fenômeno.
Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Qualidade do leite (27,9%), enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra (12,8%). Os grupos Sanidade e reprodução e Minerais, respectivamente acumularam elevação de 9.2% e 5,7% no período de doze meses.
Conforme se verifica, ao longo de 2022 ocorreram impactos de forte e rápida elevação nos custos em momentos específicos, seguido por períodos de queda contínua nos custos de produção, caracterizando um período de forte volatilidade nos preços dos insumos.
As informações são do CILeite.