Preços dos lácteos sobem em fevereiro, mas recuam no início de março

Os preços dos derivados lácteos seguiram em alta em fevereiro, ainda refletindo a menor produção do leite cru no campo. Segundo pesquisa do Cepea, realizada com o apoio da OCB, os preços médios do leite longa vida (UHT), do queijo muçarela e do leite em pó (400g) negociados entre indústrias e canais de distribuição no estado de São Paulo registraram aumentos de 9,8%, 4,5% e 1%, respectivamente.

Assim, em fevereiro, o valor do UHT teve média de R$ 4,44/litro, da muçarela, de R$ 31,30/kg, e do leite em pó, de R$ 29,95/kg. A elevação na média mensal, porém, não significou aquecimento do mercado durante todo o mês.

Os laticínios conseguiram impor alta nos preços negociados junto aos canais de distribuição apenas na primeira quinzena de fevereiro.

A partir de então, as vendas de lácteos se enfraqueceram devido ao consumo retraído, tendo em vista o menor poder de compra do brasileiro. Nesse contexto, a demanda foi incapaz de absorver os preços dos lácteos em alta, intensificando a pressão dos canais de distribuição no encerramento de fevereiro. Ao mesmo tempo, o avanço nas importações também favoreceu o incremento dos estoques de derivados.

Março – Apesar das oscilações, os preços dos derivados lácteos mantiveram tendência de queda na primeira quinzena de março. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que os valores do UHT e da muçarela tiveram médias de R$ 4,31/l e R$ 29,93/kg (de 1º a 15 de março), recuos de 3% e 4,4% frente aos registrados em fevereiro, respectivamente. Agentes afirmam que o cenário é de cautela para a indústria, uma vez que as vendas de derivados seguem fragilizadas pelo menor poder de compra da população, ao mesmo tempo em que a matéria-prima pode se manter valorizada no próximo mês por conta da menor produção em março.

As informações são do Cepea.