Preço do leite pago ao produtor apresentou alta de 2,33% em MT
05-06-2023 11:20:06 Por: IMEA. Foto: Pixabay
Diante do pouco incentivo à produção leiteira, o nível de captação diminuiu nos últimos anos em Mato Grosso, fato que limita a oferta interna. Desse modo, em mar.23 o preço do leite pago ao produtor apresentou alta de 2,33% ante a fev.23, e ficou cotado a R$ 2,25/l. Frente a boas precipitações e, consequentemente, recuperação das pastagens, era esperado maior oferta de leite e pressão de queda sob os preços.
Assim, com escassez na oferta nacional, e consumo doméstico regular, as importações de lácteos subiram 34,45% em mar.23 ante a fev.23, com o total de 26,26 mil toneladas, volume que representa, ainda, expressiva alta de 224,05% no comparativo anual. Para abril, dada a proximidade com o início do período seco em Mato Grosso e a oferta enxuta, espera-se que o preço do leite e seus derivados sigam a tendência de valorização, cenário já observado historicamente em anos anteriores para o período.
Recuo: o farelo de soja esteve na média de R$ 2.538,20/t em mar.23, queda de 1,39% ante a fev.23. Assim, a RT com o leite diminuiu 3,64% e ficou mais favorável ao produtor.
Aumentou: o preço do leite na média BR ficou em R$ 2,81/l em mar.23, alta de 3,09% ante a fev.23. Já o preço em Mato Grosso ficou R$ 0,56/l menor que a média Brasil em mar.23 (R$ 2,25/l).
Baixou: diante da queda de 3,41% no preço da saca de milho ante fev.23, a RT com o leite recuou 5,61% em mar.23, a qual fixou-se em 25,77 litros para uma saca do grão.
Segundo as projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as exportações e importações de leite em pó crescerão em 2023.
É estimado aumento de 2,09% no volume exportado de leite em pó no mundo ante a 2022, que soma 1,90 milhão de t. Apesar de a União Europeia (UE) e Austrália — 2º e 3º maiores exportadores, recuarem 4,00% e 18,18%, nesta ordem, nas projeções para 2023, a Nova Zelândia — responsável por 78,66% de todo volume, sustenta a estimativa positiva com alta de 3,45% ante a 2022. No mesmo ritmo, a projeção para a importação mundial é 0,95% maior que a de 2022, e são estimadas 1,27 milhão de t. O avanço projetado é tímido, já que a China — maior importador, apresentou estabilidade ante a 2022.
Para o Brasil, é esperado recuo de 4,76% nas importações com um total de 80 mil t, mas a expectativa é de que seja intensificado nos demais players. Assim, dar-se-á um ponto de atenção às compras externas, já que grandes volumes podem afetar os preços dos lácteos nacionais.
As informações são do IMEA.