Custo na produção de leite teve forte queda em fevereiro
07-03-2024 15:48:59 Por: CILeite. Foto: FreeImagem
O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou uma queda de -3,3% no mês de fevereiro, interrompendo uma sequência altista que vinha desde julho de 2023. Isso ocorreu num momento em que os preços internacionais e os preços de leite pago ao produtor estão em crescimento, sinalizando uma melhoria nas margens da atividade. O primeiro bimestre do ano fechou acumulando uma deflação de custos de produção (-2,3%). Numa comparação entre fevereiro/2024 e fevereiro/2023, houve uma retração de -3,4% nos custos.
A alimentação do rebanho puxou o custo para baixo - O custo da alimentação foi responsável pela expressiva deflação em fevereiro, dada a sua importância na formação de custos da atividade e, também, pela intensidade com que ocorreu.
Em fevereiro, o grupo Concentrado teve retração de -7,6%, com queda generalizada de preço de ração, farelos de soja, milho e trigo, e caroço e farelo de algodão. Adubos e defensivos também registram queda de preço e levaram à redução do custo de produção do grupo Volumosos, que foi de -2,1%. Também o grupo Minerais registrou queda, ainda que restrita (-0,2%).
Num outro extremo, apresentando comportamento altista, o grupo que se destacou foi o de Sanidade e reprodução, com elevação de 2,3% em fevereiro. O grupo Energia e combustível registrou alta de 0,7%, enquanto que o grupo Mão de obra não registrou variação, o mesmo tendo ocorrido com Qualidade do leite.
O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, neste primeiro bimestre do ano, registrou queda de -2,3%, em função dos grupos que compõem a alimentação do rebanho, em que todos os grupos apresentaram queda significativa de preços. O grupo Minerais retraiu -22,2%, seguido pelos grupos Volumosos (-13,3%) e Concentrado (-9,9%). Em sentido contrário, foram registrados acréscimos nos custos com o grupo Energia e combustível (20,3%), seguido por Mão de obra (17,7%), Qualidade do leite (12,3%) e Sanidade e reprodução (7,2%).
Na comparação em doze meses, a variação dos custos de produção foi de -3,4%, com os três grupos de alimentação registrando variações negativas de dois dígitos. O grupo Minerais teve queda expressiva, de -20,6%, seguido por Volumosos (-11,6%) e Concentrado (-10,1%).
Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Energia e combustível (19,6%), enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra (10,9%). Os grupos Sanidade e reprodução e Minerais, respectivamente acumularam aumento de 7,0% e 3,5% no período de doze meses.
As informações são do CILeite.