O preço do leite pago ao produtor em Mato Grosso tem alta de 5,19%
11-03-2024 14:24:37 Por: IMEA. Foto: Pixabay
O preço do leite pago ao produtor em fev/24 pela captação de jan/24 ficou na média de R$ 1,93/l em MT, avanço de 5,19% ante dez/23. Essa alta foi pautada, principalmente, pela redução na captação de leite no estado. Em movimento contrário, o farelo de soja em fev/24 ficou cotado a R$ 1.736,88/t, diminuição de 5,63% ante jan/24, reflexo da demanda interna enfraquecida e maior oferta diante do avanço da colheita da matéria-prima, sendo influenciado também pela baixa nos preços externos devido à projeção de maior oferta oriunda da Argentina.
Nesse sentido, o poder de compra do pecuarista leiteiro melhorou ante o farelo de soja em fev/24. Assim, o pecuarista precisou de 889,77 litros de leite para adquirir uma tonelada do insumo, quantidade 10,29% menor que em jan/24. Além disso, esse resultado foi o menor no estado desde mai/23 e, ainda, o menor para o mês de fevereiro desde 2017 na praça mato-grossense.
Valorizou: dada a melhora na demanda em jan/23, o preço da muçarela apresentou alta de 3,25% ante dez/23, com cotação média de R$ 27,89/kg.
Subiu: resultado do avanço mais expressivo no preço do leite na “Média Brasil” em relação à média MT, o diferencial de base MT/BR alongou 2,99% ante dez/23, e ficou em -R$ 0,20/l.
Caiu: o índice de captação de leite em jan/23 recuou 3,88 p.p. ante dez/23, reflexo da piora na qualidade das pastagens em algumas regiões do estado, devido ao baixo volume de chuvas.
Em 2023, apesar da queda de 7,52% ante 2022, o preço em dólar do leite brasileiro permaneceu como um dos mais altos no mercado internacional.
Com média de US$ 0,48/l, o Brasil teve o 2° preço mais alto no cenário mundial em 2023, superado apenas pela Europa de US$ 0,50/l. A queda nos preços dos principais exportadores ante 2022 foi influenciada, sobretudo, pela baixa na demanda global, devido, principalmente, à redução de 36,34% ante 2022 nas compras do leite em pó pela China, principal importador mundial, segundo o USDA.
Como exemplo, os EUA tinham o maior preço em 2022, porém, ganharam competitividade em 2023, com preço médio de US$ 0,42/l. Além disso, destacou-se a queda de 19,40% na cotação da Nova Zelândia, que atingiu US$ 0,36/l, detendo o 2° menor preço em 2023. Na Argentina e Uruguai, os preços retraíram 0,68% e 2,81% ante 2022, nesta ordem. Tal cenário contribuiu para o aumento das importações de lácteos pelo Brasil. Para se ter ideia, em 2023, os preços na Argentina e Uruguai foram 24,03% e 16,19% menores que no BR, respectivamente.
As informações são do IMEA.