Milho: Clima e preço externo elevam valores no BR

Na primeira quinzena de março, as cotações domésticas do milho subiram em boa parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. O impulso veio do clima quente e seco, que pode prejudicar a segunda safra. Além disso, as valorizações externas também deram suporte aos preços internos.

No mercado spot, entre 29 de fevereiro e 15 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) avançou 1,5%, indo para R$ 63,17/saca de 60 kg no dia 15 – o Indicador vem operando em torno dos R$ 63/saca desde as últimas semanas de janeiro deste ano. A média do mês (até o dia 15) foi de R$ 62,94/sc, sendo 0,6% maior que a de fevereiro, mas ainda 27% abaixo da de março/23.

Dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, no acumulado de fevereiro, os preços recuaram 0,6 % no mercado de lotes (negociação entre empresas), mas subiram 2,1% no de balcão (preço recebido pelo produtor). Na CME Group (Bolsa de Chicago), de 29 de fevereiro a 15 de março, o primeiro contrato (Maio/24) se valorizou 1,7%, indo para US$ 4,3675/bushel (US$ 171,94/t) no dia 15.

Segundo dados da Conab, a produção brasileira da safra verão 2023/24 deve totalizar 23,41 milhões de toneladas, 14,5% inferior à da temporada anterior. Para a segunda safra, a Companhia aponta redução de 8,3% na área plantada e de 14,7% na produção, somando 87,34 milhões de toneladas. Para a terceira safra, a estimativa é de colheita de 1,99 milhão de toneladas, queda de 7,6% na comparação com 2022/23.

As informações são do Boletim do Leite Cepea.