Tecnologia é aliada da indústria no combate ao bolor

O bolor pode estar presente em construções, móveis, roupas e, sobretudo, em alimentos. No caso dos alimentos, a sua incidência na cadeia produtiva, ou seja, nas indústrias, se dá quando a umidade relativa é alta e há grande quantidade de materiais particulados em suspensão no ar. Assim, o aumento da biossegurança nessas indústrias é essencial para reduzir os riscos de que ele prolifere e o primeiro passo é manter um rigoroso controle da qualidade do ar interno e da umidade.

Muitos ainda confundem bolor com mofo. O bolor é o primeiro estágio até que se torne mofo, é o momento inicial de um fungo. Porém, sendo mais superficial, é mais fácil de remover. Ingerir alimentos com bolor pode causar alergias, intoxicações e outros problemas mais sérios de saúde. Por isso, especialistas da área de saúde recomendam que o produto com algum sinal de bolor não seja consumido e seja descartado. Na indústria alimentícia, a incidência de bolor é mais comum nos segmentos de panificação e laticínios.

Na indústria de panificação, os locais mais críticos para o aparecimento do bolor são as áreas de resfriamento e embalagem, onde o produto fica exposto, proporcionando mais risco de contaminação microbiológica, pois os fungos estão presentes no ar e podem se depositar no produto, sendo invisível a olho nu. Já na indústria de laticínios, a atenção maior é para as áreas de produção, envase, fatiamento e embalagem, quando os produtos também ficam expostos ao ar ambiente.

“O mercado hoje dispõe de sistemas e aplicação de tecnologias de ponta para o controle e inativação dos bolores nos locais de produção de alimentos”, afirma Manoel Gameiro, diretor da Ecoquest. A empresa tratou o ambiente de uma grande indústria alimentícia brasileira, que enfrentava problemas com bolor em seus produtos, chegando até o consumidor final. “Após a avaliação da planta produtiva do cliente, analisando o sistema de climatização e suas falhas, entendendo todo o fluxo do produto pelas diversas salas desde a sua produção, resfriamento e embalagem, propusemos várias medidas de contenção nas salas, do fechamento de portas a outros escapes que existiam nesses ambientes. Aplicamos irradiação ultravioleta germicida de alto rendimento nos fancoils e a tecnologia ActivePure para tratar estes ambientes, com a produção de peróxido de hidrogênio seco de forma contínua. O indicador de contaminação dos produtos caiu mais de 80%", conta Frederico Paranhos, diretor da Ecoquest, que atua no mercado de tratamento de ar há mais de 15 anos.