Secretaria de Agricultura de SP se destaca na produção de sementes de milho com melhoramento genético

27-05-2024 15:00:00 Por: Caroline Guimarães, Secretaria da Agricultura de SP. Foto: Divulgação

Secretaria de Agricultura de SP se destaca na produção de sementes de milho com melhoramento genético
Um dos alimentos mais versáteis do mundo celebra sua data neste 24 de maio: Dia Nacional do Milho. A cultura do grão é, para o Estado de São Paulo, uma das principais atividades agrícolas, com fundamental importância econômica.

O milho é matéria-prima imprescindível para utilização direta na produção de proteína animal como ração para avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e de corte e a equinocultura. O segundo grão mais produzido no território brasileiro, é um alimento nutritivo, energético, rico em fibras e em compostos bioativos, que faz parte da culinária nacional. Além disso, é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas do complexo B (B1 e B5), minerais como ferro, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e zinco e o pigmento natural betacaroteno, com ação antioxidante.

O Estado de São Paulo, por meio da CATI Sementes e Mudas, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, realiza testes de melhoramento para obtenção de sementes. Há mais de 30 anos, a SAA passou a comercializar sementes com baixo custo de produção, adaptadas a qualquer tipo de solo, inclusive mais pobres e que inibem maiores gastos de produção.

“Todas as variedades produzidas pela Cati são convencionais, ou seja, não possuem qualquer transgenia, característica que tem chamado a atenção de muitos mercados, não só em São Paulo, mas também outros estados e até outros países, sendo uma ferramenta de segurança alimentar”, afirma o pesquisador e assistente de planejamento do Departamento de Extensão Rural (DEXTRU-CATI), na Fazenda Ataliba Leonel, Fernando Santos.

A Secretaria de Agricultura também contribui para o uso do milho pela indústria de alimentos e bebidas, por meio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), responsável por desenvolver trabalhos com milho verde em conserva, farinhas e flocos para sopas, sorvetes, iogurtes e derivados.

Em 2023, o Estado produziu mais de 33,82 mil sacas de 60kg de milho na 1ª safra, em uma área de 305,45 mil hectares. Já a safrinha, somou 38,62 mil sacas de 60kg em mais de 470 mil hectares. Entre as principais cidades produtoras, destacam-se São João da Boa Vista, Itapetininga e Itapeva, de acordo com as informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à SAA. As três cidades representam 36,1% do total produzido no Estado.

A forte competitividade com a soja, tem causado a diminuição da área de produção do milho, que necessita que os índices dos fatores climáticos, especialmente a temperatura, estejam de acordo, para que o potencial genético de produção atinja o seu máximo. Os atuais eventos climáticos, marcado por períodos de seca e excesso de chuva, ocorrendo de forma desordenada e fora das safras habituais, desencadeou uma preocupante degradação do solo, forçando os agricultores a redesenhar suas estratégias de plantio. Áreas que antes eram tradicionalmente dedicadas à agricultura estão sendo abandonadas, enquanto outras, previamente não tão propícias, demandam adaptações.

Também é importante citar os desafios no controle de pragas e doenças de modo mais sustentável, com destaque para a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), que têm causado perdas significativas em produtividade nas lavouras. Engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), realizam treinamentos com o objetivo de subsidiar e implementar medidas para minimizar os danos causados pelo enfezamento do milho.

Vale lembrar, que em abril deste ano, foi lançada a Câmara Setorial de Algodão, Milho e Soja, que visa integrar às políticas públicas aos produtores rurais de determinada cadeia produtiva, ouvindo as necessidades do setor, fortalecendo ações e suprindo as necessidades de cada cultura.