Preço do leite pago ao produtor de MT em agosto teve aumento de 1,21%
16-09-2024 16:33:39 Por: IMEA. Foto: Pixabay
O preço do leite pago ao produtor mato-grossense em ago/24 teve aumento de 1,21% perante o pago em jul/24, atingindo R$ 2,26/l. Além disso, em índice base = 100 de jan/20, os preços da cesta¹ de derivados lácteos no atacado e varejo registraram altas de 7,39 p.p. e 11,59 p.p. em jul/24 ante ao mês anterior, ficando em 184,42% e 193,55%, na mesma ordem.
A redução na produção, consequência do período de entressafra, tem gerado pressão sobre a oferta no estado, elevando os preços desde dentro da porteira até o consumidor final. Ainda, a expectativa de contínua redução na captação do leite indica que os preços pagos aos produtores devem permanecer com ajustes positivos no curto prazo em Mato Grosso. Por outro lado, a alta na oferta de lácteos importados, aliado ao avanço produtivo no Sul do país é um fator de incerteza, podendo pressionar os preços no atacado e varejo de brasileiro.
¹Cesta: manteiga, leite pasteurizado, bebida láctea, doce de leite, queijos muçarela, prato, provolone e minas frescal.
Redução: o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) de Mato Grosso fechou em 45,01% em jul/24, retração de 1,52 p.p. em comparação com o indicador de jun/24.
Queda: a RT entre leite e farelo de soja ficou em 842,16 l/t em ago/24, baixa de 0,36% ante jul/24. Tal movimento se deu devido o maior avanço no preço do leite em relação ao preço do insumo.
Baixa: segundo o Cepea, o preço do leite pago em ago/24 na “Média Brasil” teve baixa de 1,09% ante jul/24, resultado, principalmente, do aumento produtivo na região sul do país.
A captação brasileira de leite recuou 6,16% no 2° trim./24 ante o 1° trim./24, segundo o IBGE.
Nesse sentido, o total adquirido somou 5,83 bilhões de litros no período. Na principal região produtora, Sul, o volume captado foi 5,30% menor ante o trimestre anterior, puxado, sobretudo, pelo Rio Grande do Sul, que teve redução de 10,08% no volume ante o 1° trim./24, devido, principalmente, às enchentes que afetaram as produções agropecuárias no estado.
Ainda, além de outros fatores, a entrada do período seco na região Centro-Oeste ocasionou retração de 10,77% no volume captado ante o 1° trim./24, com total de 0,62 bilhão de litros adquiridos. Cabe destacar que, dentre os estados, o Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foram os que apresentaram maiores retrações no volume captado ante o 1° trim./24, de 23,21% e 18,43%, respectivamente. Por fim, para o terceiro trimestre, a continuidade do período seco deve limitar a produção de leite na região Centro-Oeste, por outro lado, as pastagens de inverno na região Sul devem sustentar a alta na captação de leite em nível Brasil.
As informações são do IMEA.