Farelo de Soja: Maior apetite global eleva preços internos e externos

Os preços internos e externos do farelo de soja subiram na primeira quinzena de setembro, impulsionados pela maior demanda global. Ressalta-se que, pela segunda temporada consecutiva, as transações mundiais devem ser recordes – o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estima 74,76 milhões de toneladas para a safra 2024/25, 1,5% acima das 73,67 milhões de toneladas projetadas para a temporada 2023/24.

Para o Brasil, o Departamento estima exportações em volume recorde de 22,4 milhões de toneladas de farelo de soja nesta safra (de outubro/23 até o final de setembro).

De acordo com a Secex, 93,8% dessa quantidade já havia sido escoada até agosto, totalizando 21 milhões de toneladas do coproduto, 6,6% acima da registrada em período equivalente da temporada passada.  Já o consumo de farelo de soja no Brasil é estimado em 20 milhões de toneladas para 2023/24, 1,5% inferior ao da safra anterior, ainda de acordo com o USDA. Esse cenário limitou as altas nos preços brasileiros.

Entre as regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja subiram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de setembro com a de agosto. No comparativo anual, porém, observa-se queda de expressivos 9,3%, em termos reais (IGP-DI de ago/24).

Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento do farelo de soja avançou 2,2% entre a média de agosto e a da primeira quinzena de setembro, a US$ 317,36/tonelada curta (US$ 349,82/t). No ano, por outro lado, houve recuo de 19%.