Rebanho leiteiro mato-grossense vem recuando desde 2015
10-10-2024 14:05:46 Por: IMEA. Foto: Pixabay
O rebanho nacional de vacas ordenhadas atingiu 15,66 milhões de cabeças, retração de 0,10% ante a 2022, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM–IBGE). A redução foi impulsionada, principalmente, pelos estados de Minas Gerais e Goiás, que juntos representam 29,82% do montante brasileiro, e tiveram diminuição de 2,98% e 4,67% em seus rebanhos, respectivamente. No que tange a Mato Grosso, o estado registrou um rebanho de 275,26 mil cabeças, baixa de 5,62% no comparativo anual. Cabe destacar que esse é o menor rebanho de vacas ordenhadas para o estado desde 1988.
Outrossim, o rebanho mato-grossense vem recuando desde 2015, ressaltando a evasão de produtores da atividade. Além disso, no último ano, a diminuição no número de cabeças foi destaque na região norte do estado, que saiu da 2ª posição em 2022 para a 4ª em 2023, reflexo das margens de lucros mais apertadas no ano, que desestimularam produtores da região, principalmente, os menos tecnificados.
AUMENTO: no mesmo ritmo da matéria prima, a muçarela ind. em Mato Grosso apresentou alta de 1,23% no comparativo mensal e ficou cotada em R$ 34,02/kg.
AVANÇO: o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) de MT fixou em 44,09% em ago/24, aumento de 0,60 p.p. ante jul/24, puxado, principalmente, pela região norte e sudeste do estado.
REDUÇÃO: em set/24, a relação de troca entre leite e farelo de soja ficou em 825,86 l/t, queda de 1,94% ante ago/24, devido ao avanço mais expressivo no preço do leite em relação ao insumo.
Embora tenha subido 7,83% ante ago/23, a relação de troca entre leite e milho em Mato Grosso permaneceu inferior à média dos últimos cinco anos.
Nesse sentido, em ago/24, o indicador ficou em 18,04 litros de leite para aquisição de uma saca do cereal. A alta na relação se deu pelo avanço mais expressivo no preço do cereal perante o do leite. Para ilustrar, enquanto o preço do leite subiu 5,89% ante ago/23, o preço da saca de milho aumentou 14,18% no mesmo período. Outrossim, apesar da alta no indicador, o poder de compra do pecuarista segue equilibrado, visto que ainda permanece dentro dos menores patamares vistos nos últimos cinco anos. Por fim, é importante que o pecuarista fique atento à relação de troca entre o leite e o milho nos próximos meses. Uma vez que, historicamente há aumento da produção de leite a partir de setembro, o que tende a pressionar para baixo o preço do leite, também houve uma menor produção de milho na safra 23/24, fator que aliado ao avanço da demanda pelo cereal, tem sustentado o preço da saca no mercado de Mato
Grosso.
As informações são do IMEA.