Farelo de soja: Preços seguem em alta, mas embarques menores limitam avanço

Os preços do farelo de soja seguiram em alta no Brasil na primeira quinzena de outubro, impulsionados pela maior demanda por parte dos avicultores e suinocultores domésticos. Indústrias de ração também mostraram maior interesse em completar seus estoques.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja subiram 0,4% entre a média de setembro e a da primeira quinzena de outubro. No comparativo anual, no entanto, observa-se queda de expressivos 10,6%, em termos reais (IGP-DI de set/24).

A alta mensal foi limitada pela desaceleração na demanda externa. De agosto para setembro, as exportações de farelo de soja diminuíram 15,22%, totalizando 1,75 milhões de toneladas no último mês, a menor quantidade desde março deste ano. Em comparação ao mesmo período de 2023, no entanto, os embarques cresceram 7,8%. Na parcial desta temporada (até setembro), o Brasil escoou 78,1% (17,18 milhões de toneladas) do volume projetado pela a Conab para esta temporada, de 22 milhões de toneladas.

No mercado externo, os preços do farelo foram impulsionados pela maior demanda global. Com isso, na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento do derivado avançou 1,3% entre a média de setembro e a da primeira quinzena de outubro, a US$ 326,17/tonelada curta (US$ 359,54/t) na parcial deste mês. Já no comparativo anual, houve queda de 18,4%.