Milho: Preços avançam, e Indicador é o maior do ano

A demanda por milho voltou a se aquecer no início de outubro, com consumidores mais interessados em adquirir novos lotes, visando recompor estoques. No entanto, as negociações ainda seguiram lentas, devido à retração de vendedores, que limitaram o volume ofertado no spot. Esses agentes têm expectativas de novas valorizações, fundamentados nos possíveis impactos do clima quente e seco.

Diante disso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 66,63/sc de 60 kg na primeira quinzena de outubro, a maior nominal de 2024 e ainda 6,4% superior à de setembro. Na parcial do mês, o Indicador acumula alta de 5,7%, fechando a R$ 67,96/sc de 60 kg no dia 15. Entre as regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram 4,1% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e 5,6% no balcão (valor recebido pelo produtor), também no acumulado de outubro.

Já no mercado internacional, as cotações caíram, pressionadas pelo avanço da colheita e pela expectativa de safra robusta nos Estados Unidos. Na Bolsa de Chicago (CME Group), o primeiro vencimento (Dez/24) recuou 5,5% no acumulado da primeira quinzena de outubro, encerrando o período a US$ 4,0125/bushel (US$ 157,96/t).

Quanto aos trabalhos de campo, no relatório semanal Crop Progress do USDA, até o dia 13 de outubro, 47% da área havia sido colhida nos Estados Unidos, contra 39% na média dos últimos cinco anos. A produção, por sua vez, foi estimada em 386,18 milhões de toneladas, no relatório de outubro.

As informações são do Boletim do Leite Cepea.