Farelo de soja: Expectativa de oferta global elevada pressiona cotações

Os preços do farelo de soja seguiram em queda na primeira quinzena de dezembro, refletindo as expectativas de ampla oferta global. Embora as transações do derivado sejam projetadas pelo USDA em volume recorde, de 73,37 milhões de toneladas na temporada 2024/25, o crescimento na demanda por óleo de soja pode elevar o remanescente de farelo.

De acordo com o USDA, a Argentina segue liderando as exportações, com 28 milhões de toneladas de farelo de soja estimadas, 12,5% a mais que a quantidade embarcada na safra anterior. O Brasil deve abastecer o mercado global com 20,5 milhões de toneladas, 9,78% abaixo do volume enviado na temporada 2023/24, e os Estados Unidos, com recorde de 15,78 milhões de toneladas.

Ainda assim, os estoques de farelo devem alcançar quantidades elevadas, sobretudo na Argentina e no Brasil, com respectivos aumentos estimados em 18,7% e 3,5%, sobre a safra anterior.

Diante disso, na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de primeiro vencimento do farelo de soja caiu 2,1% entre a média de novembro e a da primeira quinzena de dezembro, a US$ 286,21/tonelada curta (US$ 315,49/t), o menor valor nominal desde maio/20.

Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo caíram 0,8% no balanço da primeira metade de dezembro/24. Comparando-se a média atual com a de dezembro/23, a desvalorização é de 20,8%, em termos reais (IGP-DI de nov/24).

As informações são do Boletim do Leite Cepea.