Farelo de soja: Fraca demanda no spot mantém preços em queda

Os preços do farelo de soja seguem em queda no Brasil, diante da demanda enfraquecida no spot nacional. Na primeira quinzena de fevereiro, grande parte dos consumidores esteve afastada das negociações envolvendo grandes volumes, indicando estar abastecida para médio e longo prazos.

Esse cenário se deve ao aumento da comercialização “frame” no Brasil, modalidade que garante ao comprador a antecipação de quantidades do derivado por um período determinado; esse agente pode ir, aos poucos, fixando o preço futuro, o prêmio e, posteriormente, a taxa de câmbio, o que, consequentemente, reduz a liquidez no spot.

Entre jan/25 e a parcial de fev/25, o preço do farelo de soja recuou 2,3% na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. No comparativo anual (fev/24), a queda é de 4,4%, em ternos nominais.

Além disso, o fato de a China passar a buscar alternativas mais baratas para substituir parte do consumo de farelo de soja para suínos e aves pressionou os valores do derivado no mercado internacional. Ainda assim, o consumo chinês de farelo para esta temporada segue estimado pelo USDA em quantidade recorde, de 80,55 milhões de toneladas.

A produção global de farelo de soja é projetada pelo USDA em 274,58 milhões de toneladas, puxada especialmente pela necessidade de maior oferta de óleo – esse cenário pode gerar maior excedente de farelo.