Milho: Demanda aquecida e oferta limitada elevam preços na 1ª quinzena de março

Compradores brasileiros estiveram ativos no mercado spot de milho na primeira quinzena de março, mas relataram dificuldades em adquirir novos lotes, esbarrando na baixa disponibilidade do cereal e nos maiores valores pedidos por vendedores. Além dos estoques limitados para este início de temporada e a colheita da safra verão ainda estar em ritmo lento, muitos agentes enfrentam desafios logísticos – a prioridade no momento é a entrega de soja.

Com isso, no acumulado de 28 de fevereiro a 14 de março o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) avançou 2,7%, encerrando o intervalo a R$ 89,83/sc de 60 kg. A média mensal (parcial até dia 14) superou em 10% a de fevereiro.

Entre as regiões acompanhadas pelo Cepea,  no balanço da primeira quinzena de março, os preços subiram 3,4% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e 2,6% no de balcão (valor recebido pelo produtor).

Quanto aos estoques iniciais da temporada 2024/25, dados da Conab indicam volume restrito a 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24. O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, que, por sua vez, está estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25. A colheita da safra verão contabilizava, até o dia 16 de março, 40,1% da área, acima dos 38,5% da média dos últimos cinco anos (2020-2024).