Embaré investe em logística reversa e compensa 80 toneladas de CO2
09-02-2022 11:18:37 Por: Érica Polo, Valor Econômico
A mineira Embaré, dona da marca Camponesa, está investindo em "logística reversa" para minimizar o impacto de suas atividades no meio ambiente. Ao firmar parceria com a Polen — startup que atua nesse campo — no ano passado, o laticínio compensou 1.365 toneladas de resíduos plásticos e de papel no segundo semestre de 2021.
Com isso, 80,48 toneladas de gás carbônico deixaram de ser liberados na atmosfera, informa a companhia. “O trabalho da Polen consiste em mapear, credenciar e desenvolver operadores de reciclagem” explica Luiz Augusto Rezende, gerente de garantia de qualidade da empresa de lácteos, em nota.
A startup trabalha com cooperativas parceiras de catadores de resíduos e utiliza tecnologia blockchain para rastrear todo o processo. A lógica é parecida com a do universo de créditos de carbono. A Embaré passou a comprar créditos do sistema conduzido pela startup: cada ‘token’ adquirido pelo laticínio equivale a um quilo de material reciclável.
Renato Paquet, CEO da Polen, diz que o Brasil recicla apenas 3% de todo o resíduo que produz. “Lutamos muito para que esse número aumente exponencialmente”, comenta.
O volume compensado pelo laticínio no semestre passado é a soma de 933 toneladas de papel e 432 toneladas de plástico. Vale dizer que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) obriga empresas a comprovarem que reciclaram o equivalente a 22% das embalagens que colocaram no mercado. A meta foi alcançada pelo laticínio.
Outras iniciativas para a redução da emissão de carbono na atmosfera também estão na mira da Embaré, como a utilização de fontes renováveis de energia e a modernização de suas fábricas, com máquinas e equipamentos que consomem menos energia.
As informações são do Valor Econômico.