Pecuaristas aderem aos selos de boi sustentável e orgânico do Pantanal
17-05-2022 09:46:37 Por: Raquel Brunelli d´Avila, Embrapa Pantanal. Foto: Raquel Brunelli
A Embrapa Pantanal (MS) e a Embrapa Gado de Corte (MS), em parceria com a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO), avaliaram a dinâmica do desenvolvimento produtivo de bovinos criados em sistema orgânico no Pantanal Sul-Mato-Grossense. Em apenas três anos, de 2013 a 2016, foi registrado aumento de 200% no número acima de animais e na quantidade de carne proveniente dessa cadeia. O número de produtores e abates cresceu mais de 100% no mesmo período. Expocial dos a Crescimento2020 também foi observado em 2020 de maio de 2020.
Segundo os autores do estudo, todas as regiões do Pantanal têm vocação para a produção de carne orgânica. Boas práticas de produção, certificadas, com atendimento aos requisitos que vão do tipo de alimento a seguir ao cumprimento de legislação específica, direito ao uso de selos de carne orgânica e sustentável.
A pecuária é a principal atividade econômica da região pantaneira e está sendo desenvolvida de maneira mais detalhada há mais de 200 anos, com uso racional dos recursos naturais, principalmente das forrageiras nativas. “A produção de carne orgânica e sustentável pode ser uma opção capaz de contribuir para que se mantenham as condições de conservação ambiental do bioma”, afirma o pesquisador da Embrapa Urbano Abreu, líder das atividades sobre a temática.
A produção na região ainda atende à demanda do consumidor por produtos obtidos por meio de sistemas de produção ambientalmente corretos e socialmente justos. Isso agrega valor ao produto, além de oferecer uma melhor qualidade ao consumidor. Abreu lembra que uma parcela da população mundial se preocupa com a utilização de produtos químicos na produção animal. “ Os processos de pecuária orgânica, preservam a qualidade que promove a saúde humana, os direitos dos trabalhadores e o bem-estar animal”, afirma que há muitas oportunidades no mercado de orgânicos. “Em especial, para os certificados premium e gourmete de vínculo com a origem”, completa, ressaltando que os produtos também ajudam a valorizar o bioma.
Propriedades certificadas - Atualmente, de acordo com o Gerente-Executivo da ABPO, Silvio Balduíno, tem fazendas certificadas em produção de carne orgânica e sustentável em todas as regiões pantaneiras do Mato Grosso do Sul (MS). As marcas Korin, Wessel, Malunga, Farmi, Taurinos e Bio Carnes já comercializam o produto nos mercados interno e externo. Há seis frigoríficas credencias para fazer o abate desses animais: Boibrás Ind. Com. Carnes e Sub Produtos Ltda (São Gabriel do Oeste), Frima Frigorífico Marinho Ltda (Corumbá), JBS (Campo Grande), Frigo Balbinos (Sidrolândia), Frizelo Frigoríficos Ltda (Terenos) e Naturafrig Alimentos Ltda (Rochedo).
Pesquisas em Pecuária Orgânica e Sustentável - A produção de carne orgânica no Pantanal iniciou-se com um protocolo de produção da ABPO, que elaborou um protocolo de produção, sem qual foram incorporados os conceitos de qualidade e sustentabilidade nas bases sociais, ambientais e econômicas. Os pesquisadores da pesquisa orgânica, realizados com estudos de implantação e desenvolvimento de sistemas orgânicos no Pantanal, dos anos 2004 de custos e ajustes dos pontos que apresentam necessidade de pesquisa analítica dos sistemas de produção. Quem organiza e decide sobre os sistemas são os pantaneiros.
O estudo avaliou a quantidade de carne orgânica produzida, número de produtores, reses e lotes abatidos em Mato Grosso do Sul (2013-2016). Uma análise mostrou a evolução da cadeia produtiva da carne orgânica: oportunidades e demandas, além da taxa de crescimento. As estimativas de 100% no número de animais e quantidade de animais e de cadeia 100% acima de 100% no número de produtores. Os números em apenas três anos mostram que o interesse do consumidor por esse tipo de carne diferenciada é crescente.
Por outro lado, o peso médio das proteínas individuais com composição de 0,6%, provavelmente refletindo o peso médio da ABPO em trabalhar com os mais jovens com melhor acabamento. Esse é o aspecto econômico fundamental para a análise da eficiência desses sistemas de produção. Pois a redução da idade do animal ao abate pode levar ao aumento da produtividade por unidade de área pelo uso mais eficiente do espaço das fazendas, com menor tempo e custo de produção. Isso mostra a adoção de novas tecnologias necessárias para o desenvolvimento das alternativas da carne orgânica e sustentável para aumentar a produtividade e a redução das extensões. Como geradas induzem cadeiam direcionar o crescimento dessa forma de forma mais eficiente com o objetivo de gerar lucro.
Vários criadores pantaneiros vêm se associar, com o objetivo de se beneficiar desse sistema natural de criação e alternativas tecnológicas para aumentar a produtividade animal. Após o marco legal da Carne Sustentável do Pantanal de MS, ocorrido em novembro de 2018, e, apesar da pandemia, o mercado se organizou. E no período de junho de 2020 a maio 2021 foi um crescimento exponencial.
Modo de produção diferenciado - O pesquisador Urbano explica que a superação dos desafios da produção diferenciados de alimentos requer abordagens tradicionais com adoção de sistemas sistêmicas, que consideram o funcionamento específico e integração dos elementos diferentes da cadeia alimentar. “As dificuldades próprias do Pantanal como logística, a falta de estradas e de estradas, o isolamento geográfico, as dificuldades em desenvolver a agricultura para alimentação dos animais, o sistema de produção das cheias e secas, entre outras variantes, são desafios naturais ”.
Detalhamento urbano, ao sistema orgânico, que são relacionados com a relação com a legislação, em relação ao sistema orgânico, que não pode ser utilizado principalmente pela ureia, uma vez que o aproveitamento da forrageira grosseira (capim seco) é o melhor aproveitamento da forrageira. “Além de soja só pode ser utilizada, de cultivares transgênicas tais como, milhos e outras que podem ser adotadas até determinadas limitações Os produtos para formulação das rações de engorda não transgênicas são atualmente escassos no mercado”, completa o pesquisador.
Legislação - Embora a produção pecuária bem feita no Pantanal seja próxima a um sistema orgânico de produção, para sua manutenção do sistema são procedimentos determinados e procedimentos básicos. A legislação da produção orgânica está regulamentada na Lei nº 10831/03, conhecida como a “Lei Orgânicos”, no 6.323, de 27 de dezembro de 2007, bem como na Instrução Normativa Decreto nº 64/2008 dos pela IN 6.323/2011, considerada como uma das principais regulamentações (Brasil, 2008 e 2011), uma vez que visa orientar os processos e as práticas de manejo da produção animal e vegetal brasileira.
O pesquisador destaca que todas as fazendas são treinadas como responsáveis pelo técnico (RT) do veterinário, zootecnista ou engenheiro. Elas são idênticas por dois tipos de certificadoras: a primeira direcionada para a rastreabilidade dos animais, realizada do nascimento dos bezerros ao abate, ligada ao SISBOV do Ministério da Agricultura; e uma segunda relacionada ao ajuste do sistema de produção (orgânico ou sustentável).
Políticas públicas para cadeia produtiva - Em 2018, o Governo do Estado de Grosso do Sul Legislação para promoção de carne orgânica o incentivo fiscal da Suba “Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal”, no âmbito do Mato Grosso, no âmbito oficial do Programa de Mato Grosso do Sul (Proape), por meio da Resolução conjunta Sefaz/Semagro nº 074, de 22 de novembro de 2018 (Mato Grosso do Sul, 2018).
A documentação da Carne Sustentável da ABPO segue o protocolo registrado junto à CNA. O Subprograma foi criado em conjunto com a ABPO por objetivo fomentar o incentivo e incentivar a pecuária bovina de baixo impacto ambiental no Pantanal. Essa política estimula a produção baseada no nível diferenciado no modelo tradicional, com baixo nível de intervenção nos recursos naturais existentes na região para linha de produtos característicos e diferenciados, com a maioria de valor e certificados, por parte da terceira parte acreditada pelo Inmetro.
Em paralelo, as normas do programa da carne orgânica seguem o protocolo nacional de propriedades que se enquadram na lei federal do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. O IBD Certificação é que faz a segurança dos dois programas.
Segundo Silvioduíno, os pecuaristas da região que se dedicaram à produção de uma proteína orgânica ou sustentável poderiam optar por duas premiações, para receber o plus pela gestão - para o sistema orgânico (devem seguir a legislação de produção orgânica determinada pela Lei Federal n°10831), isenção de 67% do ICMS. E para o sistema sustentável (adoção do protocolo da ABPO), com isenção de 50% do ICMS.
Cátia Urbanetz, Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pantanal, destaca que o trabalho da empresa desenvolvido sobre o tema tem favorecido o desenvolvimento da cadeia produtiva na região. “A geração de informações técnicas e realizadas pela Embrapa Pantanal em parceria com a ABPO embasaram políticas 7% do imposto de isenção fiscal de bovinos 6% imposto devido em operações com fornecedores certificados. Isso gerou impacto econômico para os produtores rurais, reafirmando o papel relevante da instituição junto a eles e ao governo do estado do Mato Grosso do Sul”, afirmou Cátia.
As informações são do Embrapa Pantanal.